- Dra. Cláudia Klein
Você conhece a Talassemia?
Estima-se que no Brasil existam cerca de 1.000 pessoas com as formas graves dela! É uma doença hereditária, pode se manifestar de formas diferentes - alfa e beta - e ela acontece como minor, intermediária ou major.
A forma minor, ou traço talassêmico, produz um grau de anemia leve, muitas vezes assintomático e pode passar totalmente despercebido. Na forma intermediária, a deficiência da síntese de hemoglobina é moderada e as consequências pouco graves. Já a talassemia major, ou anemia de Cooley, é uma forma grave da doença, causada pela transmissão de dois genes defeituosos, um do pai e outro da mãe. Isso provoca anemia profunda e outras alterações orgânicas importantes, como o aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos.
Sintomas
Os sintomas da talassemia estão diretamente relacionados à gravidade da doença. Os mais comuns são:
Cansaço e fraqueza;
Palidez e icterícia;
Atraso no crescimento;
Abdômen desenvolvido;
Aumento do baço;
Alterações óssea.
Diagnóstico
É importante levantar informações sobre a origem étnica do paciente. Exames de laboratório, entre eles o hemograma e a eletroforese de hemoglobina quantitativa e qualitativa, são importantes para determinar o tipo da doença. Também é possível estudar a mutação genética específica.
Tratamento
A talassemia minor não demanda tratamento específico, mas a intermediária pode requerer a indicação de transfusões de sangue com a finalidade de aumentar a oferta de glóbulos vermelhos. Já a talassemia major necessita de transfusões de sangue regulares e de medicamentos para retirar o excesso de ferro que se acumula em determinados órgãos (terapia quelante do ferro.)
A cura da doença pode ser realizada através do transplante de medula, de um doador com os mesmos pais e a mesma tipagem genética. O diagnóstico precoce da talassemia é fundamental para o início do tratamento desde os primeiros meses de vida e a investigação da síndrome já pode começar após alterações encontradas no teste do pezinho.